Sonhe. Trabalhe. E seu sonho se realizará. Essa é a mensagem que o brasileiro Alexey Borges considera como seu legado. Ao percorrer uma jornada de 7.170 km desde o time do Novo Basquete Brasil (NBB) em Franca, interior de São Paulo, até se integrar ao time da NBA-G-League, México City Capitanes, para o início da temporada regular na sexta-feira (10.nov), Alexey Borges se tornou um perseguidor dos próprios desejos. Há 6 dias do início da edição da liga de desenvolvimento de basquete dos Estado Unidos, o atleta conquistou uma vitória e duas derrotas.
“Se trabalhar muito, se tiver disciplina suficiente, e acreditar, tudo é possível. A gente pode conquistar sonhos, realizações. Acho que isso é obrigatório, tento deixar isso para o mundo, que as pessoas vejam uma história de superação e de sempre buscar o melhor da forma mais ética e mais respeitosa possível. Essa é a minha vontade”, afirmou o jogador de 28 anos, em entrevista exclusiva ao Nação do Esporte.
A temporada 23-24 da liga norte-americano conta com apenas 3 jogos. Mesmo assim, o armador já ganhou a confiança da comissão técnica. Como parte do quinteto titular nas disputas, o seu “Offensive Rating” (taxa de ofensividade) chegou a 112,7, esse dado mostra que a equipe tem um desempenho eficiente quando o atleta está em quadra.
“É difícil chegar em uma liga nova, em uma equipe nova, tudo novo. Realmente para mim é um desafio diferente que eu estou vivendo. Eu fico feliz da confiança que a comissão técnica tem tido comigo e também dos meus companheiros de equipe. Todos confiando em mim, para que eu possa fazer o meu jogo e tentar ajudar a equipe”, analisou.
TRANSIÇÃO PARA O DESCONHECIDO
A mudança de país não foi fácil. “Estou aqui há pouco tempo ainda e a gente não teve muito tempo de treinar juntos antes de jogar, mas acho que eu tô no caminho certo aqui da adaptação tentando melhorar e acho que a cada dia que passa vai ser melhor, e eu acho que eu vou conseguir melhorar meu desempenho”, disse.
Na ânsia da nova experiência, jogar no exterior, ele quer conquistar vitórias, títulos. “Agora é continuar evoluindo e crescendo. Meu objetivo sempre foi atingir um nível mais alto de basquete. Para a temporada, coletivamente, sempre tentar auxiliar a equipe e se possível conquistar o campeonato e o título da League”, planejou.
Em níveis individuais, Alexey quer chegar ainda mais longe. “Pessoalmente seria muito importante para mim estar na Seleção Brasileira e participar desse final de ciclo olímpico ou do próximo ciclo”, desejou.
PINTADOS DE VERDE: A UNIÃO NOS CAPITANES
Alexey diz que seu desempenho vem do elenco “já conhecido”. O time Capitanes apresenta outros 2 brasileiros: Ruan Miranda e Mãozinha.”Essa é uma parte muito bacana e que me ajuda bastante, poder ter mais 2 brasileiros ao meu lado aqui ajuda até para me auxiliar na língua. É legal para poder ter pessoas acostumadas com o mesmo tipo de cultura, uma cultura mais parecida, pessoas que estão em uma situação parecida conosco. Nesse desafio diferente, que é jogar em um país novo. Acho que é muito importante para até colaborar no desenvolvimento em quadra, poder ter os brasileiros junto comigo aqui é muito importante”, alegou.
“Gosto de desafios novos. Isso tem sido realmente muito legal para mim”, disse. Para ele é uma honra representar o Brasil na NBA G-Leagua. “Acho que é muito legal para o Brasil ter representantes. Em todo mundo, o basquete está cada vez mais globalizado. Acho que é muito legal, muito bacana”, explicou.
DOS 5 AOS 28
No mundo, a paixão pode se torna um encargo transmitido de geração para geração. Para Alexey, não foi diferente, o amor pelo esporte é uma herança familiar que o acompanha desde os primeiros passos. Com um pai e uma mãe, professores de Educação Física, o atleta praticamente nasceu na quadra. “Eu fui para a primeira escolinha de basquete já com cinco anos. Desde então, ele tem sido um esto para mim”, afirmou.
Ao longo de sua carreira, Alexey Borges obteve grande bagagem no Novo Basquete Brasil (NBB). Iniciando sua trajetória nas temporadas 2014/2015 e 2015/2016 pelo Franca, o atleta teve uma participação limitada, mas sua presença se consolidou nas temporadas seguintes. Em 2016/2017, defendeu as cores do Franca em 33 jogos, alcançando médias notáveis e se destacando como uma peça-chave no time. Posteriormente, teve passagens por Franca, Mogi das Cruzes, Bauru e Minas, acumulando experiência e contribuindo para suas equipes.
ESTATÍSTICA ATÉ AGORA
Alexey apresenta um desempenho sólido em diversas áreas na breve campanha. Com uma média de 17 pontos por jogo, sua habilidade de pontuação abrange tanto arremessos de 3 pontos, com uma eficiente porcentagem de 18.8%, quanto pontos na área pintada, contribuindo para 35.3% de seus pontos totais.