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Consciência negra: Paulinho comenta sobre racismo religioso e Ministério do Esporte reforça compromisso

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A persistência de desafios relacionados à consciência negra é evidente, como recentemente pelo caso do jogador da Seleção Brasileira, Paulinho. Embora o termo “Axé” no candomblé seja comparável ao “amém” no catolicismo, a semelhança nas palavras não se traduz em igualdade no cenário atual. Desde sua estreia no último sábado, o atleta tem sido alvo de declarações preconceituosas devido a crença em religiões de matriz africana nas redes sociais: “Foi só a galinha da macumba entrar. Pede gol para Exu agora”, disseram usuários do Twitter.

Paulinho, angustiado, diz que essa discriminação é um “legado da escravidão”. “As religiões de Matriz africanas são mais atacadas pelo simples fato de ter existido a escravidão. A gente sabe que na época, quando os negros cultuavam sua cultura, eles eram demonizados. Eram considerados ruins, tudo que eles faziam e quando eles praticavam as suas religiões, eles eram considerados pessoas ruins”, afirmou.

O atleta lamenta os casos recorrentes de preconceito que ocorrem ainda no século XXI. “A gente vem tendo muitos casos de preconceito. E não só por intolerância religiosa, mas também por vários tipos de intolerância, como a cor de pele. A gente sabe o quão é difícil lutar por essas causas, por essas minorias. Nós ficamos tristes, por esses acontecimentos, mas como eu sempre digo: ‘sempre vou continuar na luta, sempre vou continuar fazendo o meu papel, usando a minha voz para poder combater esse tipo de preconceito’”, disse.

O atacante também fala que, por isso, o termo certo é racismo religioso. Algo além de intolerância religiosa. “A gente hoje em dia acaba falando que é um racismo religioso, por conta de que os negros praticavam a sua religião e eram demonizados pelos brancos”, explicou.

O Ministério do Esporte, em meio aos recentes episódios de discriminação não só  do jogador Paulinho, mas de todos atletas que sofrem esse tipo de discriminação racial, criou um programa junto a Conferência Brasileira de Futebol (CBF). 

O protocolo traz inúmeras ações que buscam os esforços necessários de todas as partes para promover a igualdade racial. Através de  meio de campanhas de conscientização com intuito de prevenção, reforço no papel social para a superação do racismo. Além disso, o aprimoramento dos canais de denúncia, como o Disque 100 para utilização pública para denunciar violações de Direitos Humanos e o estímulo de oportunidade de formação que promovam a inclusão racial nas diferentes áreas de atuação profissional do futebol, entre outras medidas. Inclui medidas como monitoramento de estádios, coleta de dados e torcidas organizadas, além de iniciativas como seminários e premiações antirracistas. Ações de suporte psicológico aos atletas e utilização de mecanismos de financiamento também estão contempladas, com novos lançamentos e construções.

O ministro André Fufuca defendeu um esforço de todos os envolvidos para fazer história, com uma política efetiva de combate ao racismo no futebol e em todas modalidades no geral.

“Sermos reconhecidos pela capacidade de coibir esse mal. E não apenas coibir, mas abolir essa questão do racismo. O racismo deve ser abolido dos campos e também fora dos campos. É dessa maneira que nós teremos uma sociedade mais fraterna e justa”, dissertou.

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